quinta-feira, 11 de agosto de 2011


Se me restasse só mais uma aula
SE ME RESTASSE SÓ MAIS UMA AULA


Texto de Aluísio Cavalcante Jr.

Como seria esta aula?
Eu aprenderia antes de iniciá-la,
O nome de cada aluno.
Observaria o brilho de cada olhar
E o encanto de cada sorriso.
Então a última lição ensinada
Seria cuidadosamente planejada,
Para não apagar de cada aluno
Seu brilho e encanto.

Esta aula falaria de solidariedade, de amizade e respeito.
Falaria de coisas simples e úteis para a vida.
Falaria da responsabilidade de dedicar a lição aprendida,
Para a construção de um mundo de amor, de paz e esperança.

Não se perderia tempo com ensinamentos inúteis.
Com competição e egoísmo.
E ao final dela nos abraçaríamos e sorriríamos.
E escreveríamos poemas sobre o presente.
E iríamos para as ruas
Falar de solidariedade.
E correríamos para as nossas casas
Para abraçar nossas famílias e amigos.

Mas não é preciso esperar a última aula.
Nem tão pouco buscar a justificativa do impossível.
Pois das dificuldades do presente,
Nasce o professor que transforma o mundo.

Encontrei esses testes e achei muito interessantes


De aorcdo com uma peqsiusa
de uma uinrvesriddae ignlsea,
não ipomtra em qaul odrem as
Lteras de uma plravaa etãso,
a úncia csioa iprotmatne é que
a piremria e útmlia Lteras etejasm
no lgaur crteo. O rseto pdoe ser
uma bçguana ttaol, que vcoê
anida pdoe ler sem pobrlmea.
Itso é poqrue nós não lmeos
cdaa Ltera isladoa, mas a plravaa
cmoo um tdoo.



Fixe seus olhos no texto abaixo e deixe que a sua mente leia corretamente o que está escrito.

35T3 P3QU3N0 T3XTO 53RV3 4P3N45 P4R4 M05TR4R COMO NO554 C4B3Ç4 CONS3GU3 F4Z3R CO1545 1MPR3551ON4ANT35! R3P4R3 N155O! NO COM3ÇO 35T4V4 M310 COMPL1C4DO, M45 N3ST4 L1NH4 SU4 M3NT3 V41 D3C1FR4NDO O CÓD1GO QU453 4UTOM4T1C4M3NT3, S3M PR3C1S4R P3N54R MU1TO, C3RTO? POD3 F1C4R B3M ORGULHO5O D155O! SU4 C4P4C1D4D3 M3R3C3! P4R4BÉN5!




Consegues encontrar 2 letras B abaixo? Não desistas senão o teu desejo não se realizará...

RRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRR
RRRRRRRRRRRBRRRRRRRRRRRRRRRRRRRR
RRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRR
RRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRR
RRRRRRRRRRBRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRR
RRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRR 





Uma vez que encontrares os B

Encontra o 1

IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
IIIIIIIIIIII1IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII

Uma vez o 1 encontrado.

Encontra o 6

9999999999999999999999999999999999
9999999999999999999999999999999999
9999999999999999999999999999999999
9999999999999999999999999999999999
9999999999999999999999999999999999
9999999999999999999999999999999999
9999699999999999999999999999999999
9999999999999999999999999999999999
9999999999999999999999999999999999
9999999999999999999999999999999999
9999999999999999999999999999999999
9999999999999999999999999999999999


Uma vez o 6 encontrado ......

Encontra o N (É díficil!)

MMMMMMMMMMMMM
MMMMMMMMMMMMM
MMMMMMMMMMMMM
MMMMMMMNMMMMM
MMMMMMMMMMMMM
MMMMMMMMMMMMM
MMMMMMMMMMMMM
MMMMMMMMMMMMM
MMMMMMMMMMMMM
MMMMMMMMMMMMM

Uma vez o N encontrado...

Encontra o Q..

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
OOOOOOOOOOQOOOOOOOOOOOOOOOO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

terça-feira, 9 de agosto de 2011


Medida de tempo no calendário


Objetivos
- Entender como números funcionam num contexto específico: o calendário.
- Familiarizar-se com uma forma particular de organizar a informação, identificando a passagem do tempo apoiando-se no calendário.

Conteúdos - Utilização dos números.
- Medição social do tempo.

Tempo estimado
 O ano todo.

Ano
1º ao 3º

Material necessário
Calendário tipo folhinha com uma página para cada mês.

Flexibilização para deficiência visual
Além do calendário convencional, outro em braile (pode ser produzido no AEE com a participação do aluno).

Desenvolvimento
1ª etapa
Embora os alunos vejam calendários todos os dias, é importante ampliar e sistematizar as experiências para que todos possam dar sentido a sua utilização. Ele pode ser usado para aprender sobre o tempo, mas também como fonte de informação e pesquisa para a leitura e o registro de números. Para iniciar esta atividade, leve para a sala de aula um calendário tipo folhinha e deixe-o em um lugar visível. Pergunte para a turma quem tem um calendário parecido em casa e como ele é usado. Explique que o calendário poderá ser consultado em diferentes momentos: para associar uma data a uma tarefa, para saber o dia do aniversário dos colegas ou para lembrar a turma de que um passeio está agendado. Diariamente, um dos alunos será responsável por localizar a data e escrevê-la no quadro para que seus colegas possam anotar em seus trabalhos. Encontrar e copiar uma data ou saber o dia em que se está são atividades que, com o tempo, deixam de ser desafiadoras. Exemplo: se você propõe que uma criança marque no calendário o dia de hoje com um X e repete a proposta no dia seguinte, bastará que ela olhe para o número localizado logo depois do X. A tarefa será cumprida de maneira mecânica e sem nenhum ganho de conhecimento. Por isso, apresente aos alunos calendários que não tenham essas marcas para que eles coloquem em ação diferentes procedimentos.

Flexibilização para deficiência visual Peça que o AEE providencie calendários para cegos e pergunte ao aluno se ele tem um desses em casa. Deixe que todos identifiquem semelhanças e diferenças entre os calendários. É importante fazer marcas salientes no chão que indiquem o caminho até o calendário em braile. Todos os dias, o aluno deficiente também deve localizar a data em seu calendário.

2ª etapa Coloque o calendário no quadro e solicite aos alunos que marquem a data de aniversário de cada um. Em seguida, monte um quadro, colocando o nome, a data do aniversário e a idade de cada um. Então, elabore questões como: "Quantos alunos fazem aniversário em março?" e "Qual é o mês com a maior quantidade de aniversariantes?".

Flexibilização para deficiência visual Amplie o tamanho do calendário ou faça-o em duas folhas e duplique a informação acrescentando as datas e os nomes em braile.

3ª etapa O calendário é um instrumento importante também para organizar a rotina escolar. Leve-o para a sala de aula devidamente preparado com espaços (veja o exemplo abaixo) e ajude os alunos a marcarem os acontecimentos e compromissos importantes do grupo para o ano - feriados, eventos organizados na escola, passeios etc.



4ª etapa
Além da utilização do calendário como instrumento de organização, é possível, vez por outra, utilizá-lo para calcular durações. Por exemplo: quando se deseja saber quantos dias faltam para um passeio, para um aniversário ou para a entrega de uma pesquisa, quantos dias se passaram desde o início do mês, e assim por diante. Para que pensem sobre isso, você precisará fazer a contagem com os alunos ou colocar uma situação-problema para que eles resolvam, como as seguintes: "Quantos dias faltam para a visita ao jardim zoológico?"; "Vocês já sabem que ensaiamos toda terça-feira. Então, quantos dias teremos de ensaio até a festa de junho?"; "Observem a lua no céu durante duas semanas e marquem no calendário a data em que ela muda de fase". A resolução de problemas envolvendo cálculo de tempo - em dias, meses e anos - também é importante. Por exemplo: "Se um trimestre tem três meses, quantos dias tem um trimestre?". Nesse caso, discuta que valor se deve considerar: se for um trimestre em geral, o senso comum é que se considere o mês de 30 dias - portanto, um trimestre terá 90 dias. Mas se forem os meses de fevereiro, março e abril de 2011, o valor será de 28 + 31 + 30, o que resulta em 89 dias. Também é possível se fazer o cálculo de quantos dias tem o bimestre ou o semestre. Se a classe já trabalha com números maiores, o cálculo pode ser de quantos meses tem 6 ou 7 anos, e quantos meses já viveram até aquele momento. Se achar que a turma está acompanhando o conteúdo, discuta sobre cálculos mais exatos: "Se Maria nasceu a 10 de maio de 2004 e estamos em 20 de agosto de 2011, ela já viveu sete anos e quantos meses?". Aqui entra a discussão de quantos meses inteiros é preciso acrescentar, e pode-se chegar ao cálculo de quantos dias faltam para completar um mês.

Flexibilização para deficiência visual
Repita as intervenções anteriores, sempre estimulando sua atuação e aprendizagem. Quanto às perguntas do professor para a contagem dos dias que faltam para determinado evento, disponibilize para ele um calendário individual em braille em que possa utilizá-lo para compreender as perguntas do professor e fazer os cálculos. Nesses  momentos, coloque-o em dupla com um colega que possa auxiliá-lo nessa tarefa. Avalie seu repertório quanto à nomenclatura dos meses, quantidade de dias em um ano e no bimestre etc. Organize atividades extras, para fazer em casa ou no AEE, que lhe darão melhores condições de participação.

5ª etapa
Crie situações fictícias que envolvam localizar ou obter informações disponíveis no calendário. Proponha aos alunos que eles localizem no calendário as informações disponíveis em uma carta. Neste problema, a informação dada em linguagem coloquial deverá ser localizada no calendário do mês de janeiro. Observe como os alunos localizam as datas e quais das atividades mencionadas são registradas. Eles podem localizar os dias das excursões, as datas da carta e do começo e do final da viagem de férias.



Flexibilização para deficiência visual
Se o aluno com deficiência visual já for leitor, ofereça-lhe o texto em braile ou organize uma dupla para que seu colega faça a leitura em voz alta.

6ª etapa
Peça que os alunos confeccionem uma agenda. Você pode propor que eles utilizem um caderno do tipo caderneta, ou um agrupamento de folhas sulfite cortadas em quatro e grampeadas em número suficiente para o registro de um bimestre. Leve agendas de anos anteriores para que os estudantes observem como são organizadas. Discuta os dados disponíveis nela: dias, meses e ano. Ao confeccionar a agenda, o propósito é que coloquem em prática os conhecimentos já adquiridos sobre o ano, os meses e os dias. Elabore com os alunos uma lista do que deve constar na agenda e onde pesquisar o que for necessário (calendário do ano, agendas em geral). Discuta se é necessário deixar espaço para o sábado e o domingo (já que é uma agenda das atividades escolares) e, se for necessário, qual seria esse espaço. Para que a agenda seja realmente usada, proponha que em todo início de aula seja anotado o que foi planejado para o dia e que, ao final do dia, seja registrado o que realmente se efetivou. Para isso, reserve 10 a 15 minutos de aula. Cada aluno faz as suas anotações individuais, sem necessidade de cópia do quadro, principalmente ao final da aula. É possível também fazer anotações de compromissos futuros.

Flexibilização para deficiência visual Encaminhe a construção dessa agenda para que o aluno a realize junto ao AEE. Discuta com o AEE as formas mais acessíveis de organizá-la, talvez em blocos semanais. Quanto ao registro, o aluno pode ditar a um escriba (colega ou professor) ou fazer uso de punção e lâmina para a escrita em braile.

Avaliação
No segundo semestre, depois de já ter trabalhado todo o primeiro semestre com o calendário, você pode propor que os alunos, divididos em grupos, confeccionem um para o ano seguinte. Para escolher o tema de ilustrações que vão acompanhar cada mês, peça que os alunos tragam para a escola diferentes calendários e analisem conjuntamente quais são as temáticas de cada um. Com base nessas referências, cada grupo decide qual será o tema do seu calendário. Nessa confecção, os alunos enfrentam problemas relativos à distribuição da informação, suas características e regularidades (sete dias por semana, a quantidade de dias em cada mês etc.). Por exemplo: por que a tabela começa sempre com um domingo, mas nem sempre a gente coloca um número ali? Por que alguns dias são vermelhos? Quantas folhas terá o nosso calendário? Para ajudar nessa reflexão, você pode propor algumas questões: quantos meses tem um ano? Quantos dias tem uma semana? Quantas semanas tem um mês? Quantos dias tem cada mês? Quais meses têm 30 dias? Quais são os meses com 31 dias de duração? E fevereiro, quantos dias tem? Quantas semanas tem um ano? Além das ilustrações de cada mês, não se deve deixar de registrar os feriados previstos, tanto os nacionais, quanto os estaduais e municipais. Como os alunos já pesquisaram as mudanças de fases da lua, você também pode pedir que pesquisem e registrem em que dias estão previstas as mudanças dessas fases no calendário a ser confeccionado.

Flexibilização para deficiência visual Organize um grupo para o estudante portador de deficiência visual com alunos mais avançados e que sejam colaboradores. Faça intervenções de modo a garantir seu espaço de participação, que será maior na discussão do que na execução das tarefas. Ele pode auxiliar os colegas separando materiais, dando ideias para os temas ou para as formas de registro da atividade. No AEE, o estudante deficiente poderá fazer essa mesma proposta, construindo um calendário em braile que será utilizado no próximo ano.
Consultoria Ida Maria Fanchini
Professora da EE José Carlos da Silva Junior, em São Paulo.

http://revistaescola.abril.com.br


Comparação de ofertas

 Objetivos
- Utilizar estratégias de cálculo aproximado baseadas em conhecimentos sobre o sistema de numeração e uso das propriedades das operações.
- Organizar dados e informações em tabelas de dupla entrada.

Conteúdo
- Aproximação (arredondamento).

Tempo estimado
Três aulas.

Anos
4º e 5º

Material necessário
Folhetos de dois supermercados, cópias da tabela apresentada na 2ª etapa e canetas coloridas.

Desenvolvimento
1ª etapa
Proponha que os alunos pesquisem o que é uma cesta básica. Peça que eles façam uma lista de quais produtos podem fazer parte de uma cesta para uma família de quatro pessoas: dois adultos e duas crianças em idade escolar. Nessa discussão, pode-se debater a escolha entre qualidade de produtos e preço mais baixo, quantidade de produtos e preferência familiar. Exemplo: numa família que come massa mais de uma vez por semana, macarrão pode ser um produto essencial; já para uma família que substitui carne por soja, derivados desse grão seriam muito importantes. Peça que os alunos façam uma pesquisa de preços nos supermercados frequentados por seus pais e levem os folhetos das ofertas para a sala de aula.

Flexibilização para deficiência visual
Com o auxílio da família ou do AEE, prepare uma ficha com instruções claras a respeito de quais informações o aluno deve obter em suas pesquisas. Oriente também a maneira que o adulto deve colaborar. Em classe, explique as etapas do trabalho para o aluno com  deficiência visual e diga como será sua participação. Se na sua escola houver o tradutor em libras, oriente-o para que realize as explicações - acompanhe esse momento e colabore para esclarecer as possíveis dúvidas do aluno.

2ª etapa 
Organize a turma em duplas e peça que listem cinco itens que aparecem nos dois folhetos e façam parte da cesta básica.

Flexibilização para deficiência visual
Organize a dupla com um aluno colaborador e o oriente a auxiliar o colega em suas dúvidas. É importante sempre revezar a parceria para que tanto ele como os demais vivenciem diferentes experiências.

Distribua uma tabela para cada dupla (veja o modelo abaixo) e instrua os alunos a usar os dados apresentados nos folhetos para preenchê-la, colocando os preços ao lado do nome de cada produto. Solicite que circulem com uma caneta colorida o menor preço de cada item.



3ª etapa 
Proponha que a dupla calcule em qual supermercado é mais vantajoso comprar toda a lista de produtos. Enfatize que, nesse momento, não é necessário fazer um cálculo exato - basta saber um valor aproximado. A estimativa em cálculos aritméticos consiste na possibilidade de realizar aproximações. Como a estratégia busca rapidez, utilize números "redondos" para facilitar as operações.

Flexibilização para deficiência visual 
Se não houver um tradutor, faça no quadro essa explicação utilizando exemplos. Observe se o aluno está bem posicionado, sentado de frente e com boa visibilidade.

4ª etapa 
Discuta com os alunos como eles fizeram para encontrar o total gasto nos dois  estabelecimentos. Estimule-os a descrever as estratégias com detalhes e faça perguntas para ajudar na elaboração dessas explicações. Registre-as em um cartaz para que, mais tarde, seja possível retomá-las. Lembre-se de que uma das variáveis dessa proposta é a forma de organização do registro.

Flexibilização para deficiência visual
Explore bastante o registro no quadro para suas explicações, utilize exemplos e, se necessário, faça intervenções individuais - iniciando o exercício com a dupla, por exemplo.

5ª etapa 
Com as tabelas elaboradas na 2ª etapa em mãos, diga que as duplas confiram se as estimativas realizadas se aproximam com o valor exato em cada supermercado. Para isso, devem fazer cálculos utilizando uma calculadora. Diga que analisem em qual local despenderiam mais dinheiro, e se essa informação é a mesma da encontrada quando fizeram uma estimativa do gasto. Proponha uma conversa sobre quando é conveniente fazer um cálculo mentalmente e quando é melhor o cálculo exato. Isso exige eleger a estratégia mais conveniente levando em conta o cálculo e o problema a ser resolvido. Para isso precisam, por um lado, dominar diferentes formas de resolver cálculos e, por outro, refletir sobre qual deles é mais conveniente em cada caso.

Avaliação 
Proponha que os estudantes trabalhem com uma planilha já preenchida e analisem o cálculo realizado por uma dupla de crianças. Uma dupla encontrou os seguintes preços para alguns produtos da cesta básica pesquisada:



Em seguida, fez os seguintes cálculos:



E concluiu: tanto faz comprar esses produtos da cesta básica no supermercado A ou no B. Depois que todos os alunos tiverem analisado as tabelas de produtos e preços, pergunte para a turma:
1) Você concorda com o preenchimento das tabelas feito pelas crianças? Justifique.
2) Junto com seu par, procure entender o que essa dupla fez e avalie se os estudantes usaram um bom procedimento para resolver o problema.

Observe se as duplas conferem o cálculo aproximado realizado no problema proposto fazendo cálculo exato e se concluem que há uma diferença significativa no valor total da compra. Analise como justificam sua resposta e se há avanços em relação às justificativas dos problemas propostos nas etapas iniciais. Outros problemas podem ser propostos e adaptados a esta sequência, utilizando folhetos de eletrodomésticos e móveis de grandes lojas.
Consultoria: Ida Maria Fanchini
Professora de Matemática da EMEB Donald Savazoni, em Franco da Rocha, na Grande São Paulo.

http://revistaescola.abril.com.br

domingo, 7 de agosto de 2011

Conto Árabe

Encontrei esse conto no blog da professora Janaína Spolidorio, que por sinal tem um blog maravilhoso, vale a pena conferir!!!
Achei o texto muito bom e estou postando aqui, aproveito para deixar o link do blog da Janaína.
http://professorajanainaspolidorio.wordpress.com


O  CONTO  DO  DESERTO

     Certa vez um homem estava cruzando um deserto, com a intenção de se mudar para uma nova cidade. No caminho, viu um senhor e decidiu lhe perguntar sobre a cidade que avistava ao longe.
     - Senhor, sabe me dizer como são as pessoas naquela cidade? – disse o homem.
     - Como são as pessoas no lugar de onde você veio? – questionou o senhor do deserto.
     - Todos são muito alegres e gentis. Sempre foi uma felicidade para mim viver lá, já que teci relacionamentos que resultaram em grandes parcerias e amigos verdadeiros.
     - Então você ficará bem, pois as pessoas daquela cidade são exatamente assim.
     E o homem seguiu sua viagem, muito contente com o que estava por vir em sua nova moradia.
     Após algum tempo, um outro homem apareceu no mesmo local e com a mesma intenção. Ele viu o senhor e lhe fez a mesma pergunta:
     - Senhor, sabe me dizer como são as pessoas naquela cidade?
     - Como são as pessoas no lugar de onde você veio? – questionou o senhor do deserto novamente.
     - São mesquinhas e maldosas. Eu não podia confiar nelas e ainda tinha que cuidar muito bem de meus pertences. Não havia sinais de amizade e era praticamente impossível viver ali.
     - Bem, a cidade para onde você está rumando também é assim, desta forma.
     Desanimado, o homem continuou sua jornada.
     Um rapaz que estava perto ouviu tudo e ficou intrigado. Foi até o senhor e lhe perguntou:
     - Não consegui entender. Para um dos homens você disse que a cidade era boa e para o outro, que era má. Como isso pode ser?
     - Meu filho – disse o senhor – não são os lugares que demonstram sentimento, mas as pessoas. Cabe a cada um demonstrar em seus sentimentos o mundo como vê. Os lugares se tornam bons ou maus de acordo com as ações e palavras das pessoas que ali vivem. Pela experiência anterior deles é possível perceber como cada um enxerga o mundo ao seu redor.

( conto árabe )

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Carta ao inquilino


Senhor morador,

Gostaríamos de informar que o contrato de aluguel que acordamos há bilhões de anos atrás está vencendo. Precisamos renová-lo, porém temos que acertar alguns pontos fundamentais:

• Você precisa pagar a conta de energia. Está muito alta! Como você gasta tanto?

• Antes eu fornecia água em abundância, hoje não disponho mais desta quantidade.

• Precisamos renegociar o uso.

• Por que alguns na casa comem o suficiente e outros estão morrendo de fome, se o quintal é tão grande? Se cuidar da terra vai ter alimento para todos.

• Você cortou as árvores que dão sombra, ar e equilíbrio. O sol está quente e o calor aumentou. Você precisa replantar novamente!

• Todos os bichos e plantas do imenso jardim devem ser cuidados e preservados. Procurei alguns animais e não os encontrei. Sei que quando aluguei a casa eles existiam…

• Precisam verificar que cores estranhas estão no céu! Não vejo o azul!

• Por falar em lixo, que sujeira, heim??? Encontrei objetos estranhos pelo caminho! Isopor, pneus, plásticos…

• Não vi os peixes que moravam nos rios e lagos. Vocês pescaram todos? Onde estão?

Bem, é hora de conversamos. Preciso saber se você ainda que morar aqui. Caso afirmativo o que você pode fazer para cumprir o contrato?
Gostaria de ter você sempre comigo, mas tudo tem um limite.
Você pode mudar?
Aguardo resposta e atitudes.

Ass: Sua Casa – A Terra

Carta 2070


Matrículas para alfabetização de jovens e adultos

Matrículas abertas para alfabetização de  jovens e adultos
MOVA Diadema
Informações:4054-4575

Formação de Multiplicadores Voluntários

Os Programas Ação Compartilhada e Escola Aberta  Promovem  nos dias 05 e 06 de Agosto de 2011,   Formação de Multiplicadores Voluntários.


Os Programas Ação Compartilhada e Escola Aberta, ambos de  iniciativas da Secretaria Municipal de Educação de Diadema. buscam  oferecer e promover, com o envolvimento voluntário da comunidade, alternativas de lazer e formação, integrando sociedade civil e Governo Municipal 
Saiba mais e participe!

Descrição dos Módulos da Formação
  Economia Solidária / Artesanato – Qualificação para o Trabalho e Geração de Renda
Este módulo tem por objetivo capacitar, formar e motivar tanto os multiplicadores voluntários que já integram os Programas Ação Compartilhada e Escola Aberta quanto novos voluntários a realizarem trabalhos artesanais em suas comunidades, percebendo que, por meio do trabalho solidário e coletivo, existem formas para geração de renda e desenvolvimento social, cultural e econômico.

Animação de Festas: Recreação
Este módulo tem por objetivo capacitar, formar e motivar tanto os multiplicadores voluntários que já integram os Programas Ação Compartilhada e Escola Aberta quanto novos voluntários a realizarem trabalhos de Escultura em Balão e Pintura Facial em suas comunidades. Considerando que existem inúmeros trabalhos direcionados às crianças e jovens, desenvolvidos no município e fora dele e executado tanto pelos Programas da Secretaria de Educação como pelas entidades parceiras, esse módulo prevê o fortalecimento de uma rede de voluntários, cuja ação sempre teve uma demanda muito grande na cidade por conta da interação direta com o público infanto juvenil.

 Primeiros Socorros e Segurança do Trabalho
Estes módulos têm por objetivo promover a sensibilização e a conscientização popular para a importância do conhecimento sobre os atendimentos de primeiros socorros e de formas de prevenção de acidentes no ambiente de trabalho, tendo em vista que todos estamos sujeitos a precisar de cuidados ou a de prestar cuidados imediatos a nossa comunidade durante o exercício de alguma atividade desempenhada. Considerando que temos muitos voluntários e parceiros que trabalham com atividades esportivas e recreativas, por exemplo, e com crianças e idosos, esse módulo é fundamental para garantir a formação adequada dos voluntários e parceiros na segurança e no bom desenvolvimento de suas atividades.

Preparação Corporal para Atividades Físicas
O objetivo deste módulo é capacitar os multiplicadores dos Programas Ação Compartilhada e Escola Aberta que trabalham com atividades esportivas, sociais e / ou culturais, como teatro e dança, por exemplo, que necessitam de conhecimentos sobre os cuidados necessários para a práticas dessas atividades.

 Educomunicação – Jornal Comunitário
O objetivo deste módulo é formar multiplicadores interessados em promover e difundir as práticas de comunicação necessárias para o indivíduo viver e conviver em sociedade (no coletivo), estimulando a reflexão, o senso crítico e as práticas das técnicas jornalísticas necessárias para a difusão de suas idéias e pensamentos.

 Dinâmicas de grupo
Este módulo tem por objetivo capacitar e formar tanto os multiplicadores voluntários que já integram os Programas Ação Compartilhada e Escola Aberta quanto novos voluntários para a importância de se conhecer jogos cooperativos e dinâmicas de grupo que possam motivar o trabalho em equipe, promover a cooperação do indivíduos em grupos e a sensibilização para vários aspectos necessários para desenvolver um bom trabalho em comunidade.

 Agricultura Urbana
Este módulo tem por objetivo capacitar, formar e motivar tanto os multiplicadores voluntários que já integram os Programas Ação Compartilhada e Escola Aberta quanto novos voluntários a desenvolver em suas comunidade trabalhos em hortas e pomares que possam permitir, por meio do trabalho solidário e coletivo, geração de renda e o desenvolvimento local.

Leitura em Ação
 O objetivo do módulo “Leitura em Ação” é formar voluntários para desenvolver atividades nas bibliotecas comunitárias, centros públicos e demais entidades, voltadas para as diversas formas de se praticar e difundir a leitura nas comunidades, a organização dos livros e a formação de público.

 Linguagem de Sinais – Libras

Este módulo tem por objetivo, além de promover a acessibilidade, capacitar e formar  tanto os multiplicadores voluntários que já integram os Programas Ação Compartilhada e Escola Aberta quanto novos voluntários aprender a Linguagem de Sinais como forma de incluir os portadores deste tipo de necessidade às diversas atividades comunitárias desenvolvidas e oferecidas no município.

Arbitragem
Este módulo tem por objetivo capacitar e formar tanto os multiplicadores voluntários que já integram os Programas Ação Compartilhada e Escola Aberta quanto novos voluntários a aprender técnicas de arbitragem para desenvolver nas atividades físicas comunitárias e nos campeonatos regionais e municipais.

 Educação Alimentar e Nutricional (Cozinha Sustentável) / CRESAND
Este módulo tem por objetivo capacitar, formar e motivar tanto os multiplicadores voluntários que já integram os Programas Ação Compartilhada e Escola Aberta quanto novos voluntários a promover a prática de uma alimentação saudável e sustentável, a partir de sobras de alimentos e partes de verduras e legumes que costumam ser dispensados ao invés de serem reutilizados em pratos saudáveis e econômicos.

 Musicalização
Este módulo tem por objetivo capacitar, formar e motivar tanto os multiplicadores voluntários que já integram os Programas Ação Compartilhada e Escola Aberta quanto novos voluntários a promover a sensibilização musical para ser desenvolvida em suas comunidades.

 Iniciação em Danças Populares
Este módulo tem por objetivo capacitar, formar e motivar tanto os multiplicadores voluntários que já integram os Programas Ação Compartilhada e Escola Aberta quanto novos voluntários a promover a consciência corporal e o conhecimento de algumas manifestações culturais, por meio de algumas formas de manifestação das danças populares.

 Hip Hop em Ação

Este módulo tem por objetivo capacitar, formar e estimular tanto os multiplicadores voluntários que já integram os Programas Ação Compartilhada e Escola Aberta quanto novos voluntários e grupos de dança de rua parceiros dos dois Programas a difundir a prática desta linguagem tipicamente jovem e popular que se tornou um movimento nacional reconhecido mundialmente.

 Telefones : 4072-7075/40727068
E-mail: ação.compartilhada@hotmail.com
Blog: http://acao-compartilhada.blogspot.com/

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Trabalhando com músicas


Usar CDs ou instrumentos ou ainda apenas a voz: cantar com os alunos, ler e interpretar as letras com eles, incentivá-los a ilustrar essas letras, associar as músicas aos conceitos tratados nas aulas.

Músicas que “dão a aula por nós”: alguns exemplos

Tema: migrações internas
Música: A Triste Partida
Autor: Patativa do Assaré

Tema: colonização sul-americana
Música: Fruto do Suor
Autor: (...) interpretação – Raíces de América

Tema: recursos naturais; ciclo da água
Música: Planeta Água
Autor: Guilherme Arantes

Tema: astronomia, ecologia
Música: Xixi nas Estrelas
Autor: Guilherme Arantes

Tema: astronomia, o Sistema Solar, movimentos dos astros
Música: Canto do Povo de um Lugar
Autor: Caetano Veloso

Tema: o planeta Terra
Música: Terra
Autor: Caetano Veloso

Tema: extrativismo animal – a pesca
Música: Minha Jangada
Autor: Dorival Caymi

Tema: agricultura, solo, recursos naturais
Música: Cio da Terra
Autor: Milton Nascimento

Tema: os animais, ecologia
Música: As Baleias
Autor: Roberto Carlos

Tema: pluralidade cultural, o meio urbano e o meio rural
Música: Rancho Fundo
Autor: (...) interpretação – Chitãozinho e Xororó, entre outras tantas...



Fonte:http://patriciaeducadora.blogspot.com

Para refletir


Estudo Errado
Composição: Gabriel, O Pensador
Eu tô aqui Pra quê?
Será que é pra aprender?
Ou será que é pra sentar, me acomodar e obedecer?
Tô tentando passar de ano pro meu pai não me bater
Sem recreio de saco cheio porque eu não fiz o dever
A professora já tá de marcação porque sempre me pega
Disfarçando, espiando, colando toda prova dos colegas
E ela esfrega na minha cara um zero bem redondo
E quando chega o boletim lá em casa eu me escondo
Eu quero jogar botão, vídeo-game, bola de gude
Mas meus pais só querem que eu "vá pra aula!" e "estude!"
Então dessa vez eu vou estudar até decorar cumpádi
Pra me dar bem e minha mãe deixar ficar acordado até mais tarde
Ou quem sabe aumentar minha mesada
Pra eu comprar mais revistinha (do Cascão?)
Não. De mulher pelada
A diversão é limitada e o meu pai não tem tempo pra nada
E a entrada no cinema é censurada (vai pra casa pirralhada!)
A rua é perigosa então eu vejo televisão
(Tá lá mais um corpo estendido no chão)
Na hora do jornal eu desligo porque eu nem sei nem o que é inflação
- Ué não te ensinaram?
- Não. A maioria das matérias que eles dão eu acho inútil
Em vão, pouco interessantes, eu fico pu..
Tô cansado de estudar, de madrugar, que sacrilégio
(Vai pro colégio!!)
Então eu fui relendo tudo até a prova começar
Voltei louco pra contar:
Manhê! Tirei um dez na prova
Me dei bem tirei um cem e eu quero ver quem me reprova
Decorei toda lição
Não errei nenhuma questão
Não aprendi nada de bom
Mas tirei dez (boa filhão!)
Quase tudo que aprendi, amanhã eu já esqueci
Decorei, copiei, memorizei, mas não entendi
Quase tudo que aprendi, amanhã eu já esqueci
Decorei, copiei, memorizei, mas não entendi
Decoreba: esse é o método de ensino
Eles me tratam como ameba e assim eu não raciocino
Não aprendo as causas e conseqüências só decoro os fatos
Desse jeito até história fica chato
Mas os velhos me disseram que o "porque" é o segredo
Então quando eu num entendo nada, eu levanto o dedo
Porque eu quero usar a mente pra ficar inteligente
Eu sei que ainda não sou gente grande, mas eu já sou gente
E sei que o estudo é uma coisa boa
O problema é que sem motivação a gente enjoa
O sistema bota um monte de abobrinha no programa
Mas pra aprender a ser um ingonorante (...)
Ah, um ignorante, por mim eu nem saía da minha cama (Ah, deixa eu dormir)
Eu gosto dos professores e eu preciso de um mestre
Mas eu prefiro que eles me ensinem alguma coisa que preste
- O que é corrupção? Pra que serve um deputado?
Não me diga que o Brasil foi descoberto por acaso!
Ou que a minhoca é hermafrodita
Ou sobre a tênia solitária.
Não me faça decorar as capitanias hereditárias!! (...)
Vamos fugir dessa jaula!
"Hoje eu tô feliz" (matou o presidente?)
Não. A aula
Matei a aula porque num dava
Eu não agüentava mais
E fui escutar o Pensador escondido dos meus pais
Mas se eles fossem da minha idade eles entenderiam
(Esse num é o valor que um aluno merecia!)
Íííh... Sujô (Hein?)
O inspetor!
(Acabou a farra, já pra sala do coordenador!)
Achei que ia ser suspenso mas era só pra conversar
E me disseram que a escola era meu segundo lar
E é verdade, eu aprendo muita coisa realmente
Faço amigos, conheço gente, mas não quero estudar pra sempre!
Então eu vou passar de ano
Não tenho outra saída
Mas o ideal é que a escola me prepare pra vida
Discutindo e ensinando os problemas atuais
E não me dando as mesmas aulas que eles deram pros meus pais
Com matérias das quais eles não lembram mais nada
E quando eu tiro dez é sempre a mesma palhaçada
Refrão
Encarem as crianças com mais seriedade
Pois na escola é onde formamos nossa personalidade
Vocês tratam a educação como um negócio onde a ganância, a exploração, e a indiferença são sócios
Quem devia lucrar só é prejudicado
Assim vocês vão criar uma geração de revoltados
Tá tudo errado e eu já tou de saco cheio
Agora me dá minha bola e deixa eu ir embora pro recreio...
Juquinha você tá falando demais assim eu vou ter que lhe deixar sem recreio!
Mas é só a verdade professora!
Eu sei, mas colabora se não eu perco o meu emprego.

sábado, 30 de julho de 2011

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ABCD em Revista: MOVA Alfabetização

Sugestões de atividades



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Atividade - Interpretando horóscopo




Sugestão de atividades - Tema: tempo



Releitura Operários de Tarsila do Amaral

sexta-feira, 10 de junho de 2011


Tem muitas histórias do Brasil nas telas de Tarsila do Amaral

O estudo do quadro Operários, de autoria da primeira-dama do modernismo, permite observar como o país ingressou no mundo industrializado, no início do século 20

Operários: destaque da fase social da pintora, a tela mostra os vários rostos dos trabalhadores da recém-inaugurada indústria brasileira. Foto: Reprodução
Operários: destaque da fase social da pintora, a tela
mostra os vários rostos dos trabalhadores da
recém-inaugurada indústria brasileira.
Foto: Reprodução
Peça de teatro, minissérie de TV, exposições bem cuidadas e um site oficial jogaram luzes este ano sobre a obra e a vida privada de Tarsila do Amaral (1886-1973). Tamanho destaque se justifica pela produção da artista, considerada a primeira-dama do modernismo brasileiro e uma das responsáveis pela criação de uma arte genuinamente verde-amarela. O trabalho da pintora passa por várias fases, como a pau-brasil, a antropofágica e a social. Desta última, que contribuiu para solidificar no nosso imaginário o início da industrialização do país, a tela Operários se destaca.

O quadro pintado em 1933 é um verdadeiro painel da nossa gente, a mesma que veio dos quatro cantos do país e do mundo para pegar pesado nas fábricas, que na época começavam a transformar a paisagem brasileira. "Trata-se de um marco histórico na obra de Tarsila, pois, se ela já fora no Brasil a precursora do cubismo e do surrealismo nas artes plásticas, detém-se agora na pintura de assunto eminentemente social", escreve Nádia Battella Gotlib, autora de uma das mais completas biografias da pintora.

Operários funciona como ponto de partida para você falar sobre o surgimento dos grandes centros urbanos brasileiros. Esse é o tema do roteiro indicado para turmas de 5ª a 8ª série que você verá a seguir. Ele contempla as disciplinas de Artes, História e Geografia e foi elaborado por Maria Lúcia Medeiros, professora da Escola Vera Cruz, em São Paulo; Roberto Giansanti, autor de livros didáticos de Geografia; e Marco Antônio Pasqualini, professor de Artes Plásticas da Universidade Federal de Uberlândia (MG). Depois, confira sugestão de atividades de Artes para classes de 1ª a 4ª série.
A nossa revolução industrial
Mostre para a classe a reprodução da tela que ilustra a página ao lado e aborde, inicialmente, a temática social. Pergunte o que os estudantes sabem sobre o funcionamento de uma fábrica e os processos de transformação de matérias-primas. Quais os setores industriais que mais prosperaram no Brasil? Ouça as opiniões e ensine que o conceito de fábrica foi criado pela Revolução Industrial, na Inglaterra do final do século 18. Ele sugere a divisão social do trabalho e a incorporação de novas tecnologias de energia. A indústria, de forma geral, transforma elementos da natureza em objetos fabricados por máquinas operadas pela mão do homem.

Conte à turma que as primeiras fábricas brasileiras dedicavam-se à produção de bens não-duráveis, como tecidos e alimentos. A partir dos anos 1930 e, principalmente depois da Segunda Guerra Mundial, o nosso parque industrial diversificou-se e passou a produzir os chamados bens duráveis automóveis e eletrodomésticos e produtos da indústria de base (cimento, petroquímica e siderurgia).

Instigue a curiosidade da garotada sobre outros aspectos históricos referentes a Operários: aponte os elementos de fundo e os detalhes sobre as figuras humanas. O que sugere o semblante das pessoas? Alguém arrisca dizer qual era a intenção da artista? O que a pintura está anunciando? Há nela alguma denúncia social? (Veja mais informações sobre a industrialização em São Paulo no quadro abaixo.) Hoje, como poderíamos retratar uma cena de trabalhadores?

Anote as hipóteses citadas, escolhendo as principais. Faça os esclarecimentos necessários e proponha uma pesquisa sobre urbanização, industrialização e imigração no início do século 20. Sugira que os alunos elaborem textos sobre o período eles podem ser ilustrados com fotos, gravuras e desenhos relativos à época.

De olho nos elementos visuais da tela
- De início, incentive comentários sobre os aspectos visuais do quadro por meio de algumas questões
- Como os personagens estão organizados?
- Há uma geometria que dá ordem aos elementos?
- Os personagens se agrupam ou são mostrados de forma isolada?
- Quais as cores usadas pela pintora?
- O que são os cilindros verticais no canto superior da tela?
- Que cidade é essa?
- Quem são as pessoas representadas? Elas pertencem a diferentes raças ou classes sociais?

Os estudantes devem perceber que há negros, brancos, japoneses, mestiços, homens, mulheres e crianças de várias idades formando a cena. Ressalte a postura das pessoas: elas estão todas de frente, tendo apenas a cabeça e parte do colo aparecendo. Essa pose sugere padronização e anonimato, apesar dos acessórios individuais. Será que os alunos conseguem distinguir alguém famoso? Mário de Andrade (1893-1945), autor de Macunaíma, é o homem de óculos no meio das pessoas; Oswald de Andrade (1890-1954), o poeta que foi casado com Tarsila, está no canto superior da pintura. Mostre assim que há tanto pessoas humildes, do povo, quanto intelectuais e artistas naquela "multidão" representada.

Conte que Nádia Battella Gotlib aponta em seu livro que os rostos, surreais, levitam, suspensos, tal como o próprio rosto da artista no seu famoso Auto-Retrato. A mensagem, porém, não é mais de beleza radiante. É de miséria e dor. Cada um deles exibe, de modo marcante, a sua própria fisionomia. Algumas delas a artista constrói, inclusive, com base nos traços de pessoas conhecidas. Há força em cada uma dessas expressões que fitam, de frente e corajosamente, o espectador.

É hora de comparar as figuras
Depois dessa análise, teça comentários sobre a formação da pintora e contextualize sua produção. É hora então de aproveitar Operários para trabalhar semelhança e diferença com a garotada de 1ª a 4ª série. O aluno vai fazer composições próprias, no plano ou no espaço, e notar como cada elemento do conjunto possui um caráter especial, individual, único.

Peça às crianças que reúnam objetos variados (latinhas, tampinhas, roupas, canetas, folhas de árvores etc.). Ensine a turma a juntar o que é semelhante, ou seja, constituir uma série, e o que apresenta pequenas alterações (de cor, forma, tamanho, rótulo, características), formando subgrupos. Pergunte o que é igual e o que é diferente em cada grupo. Faça uma reflexão sobre o mundo industrial, a produção em série e a multiplicidade das coisas na natureza e na cultura. As crianças devem criar colagens ou objetos artísticos inspirados em figuras geométricas conhecidas, como triângulos, círculos, ou mesmo estrelas, figuras humanas etc. Observe a forma poligonal de Operários.

Proponha ainda a montagem de um painel com fotos dos alunos e de seus parentes, criando uma discussão sobre a diversidade e a convivência de tipos, comportamentos, características, sexos e raças. Volte a Operários. Procure construir o significado da pintura: a proposta de união e de construção social de vários tipos e classes, em que todos serão os "operários" de uma nova sociedade brasileira. Ajude as crianças a montar uma linha do tempo com as obras da artista, distinguindo o que caracteriza a geométrica fase pau-brasil e a surrealista antropofágica.

Retrato de uma paulicéia trabalhadora
Refinações de Milho Brasil, em 1930: setor alimentício é uma das pontas da industrialização em São Paulo. Foto: Reprodução/ Sommer Andrey
Refinações de Milho Brasil, em 1930: setor
alimentício é uma das pontas da
industrialização em São Paulo. Foto:
Reprodução/ Sommer Andrey
Em 1933, quando Tarsila pintou Operários, São Paulo já havia se consolidado como o principal centro urbano e industrial do país. O acúmulo de riquezas originadas pelos negócios do café, as importações e exportações e a presença de imigrantes possibilitaram o crescimento da cidade.
O desenvolvimento industrial deu-se com a instalação de fábricas de tecidos, alimentos e vestuário. Até 1920, entre 6% e 10% da população morava em cidades. Nos 20 anos seguintes, esse porcentual aumentou para 31%. A maior parte dos trabalhadores que vieram de outros países e de regiões brasileiras chegava em São Paulo. Hoje, mais de 10 milhões de pessoas vivem em pouco mais de 1500 quilômetros quadrados na capital paulista, a maior cidade da América do Sul. 
A ARTISTA E SUA ÉPOCA
Abaporu: a tela, pintada em 1928, inaugura o movimento antropofágico. Foto: Reprodução
Abaporu: a tela, pintada em
1928, inaugura o
movimento antropofágico.
Foto: Reprodução
Tarsila do Amaral nasceu numa fazenda em Capivari, no interior de São Paulo, e sempre manteve relação estreita com o mundo rural. Chegou a ganhar dos amigos o apelido carinhoso de "caipirinha". Apesar disso, talvez ela tenha sido a mais globalizada das artistas de sua época. Iniciou-se nas artes em Barcelona, em 1902, onde copiava imagens religiosas. Dois anos depois, já no Brasil, se casou com André Teixeira Pinto e teve sua única filha, Dulce. Separada, mudou-se para São Paulo em 1913. Aprendeu piano, copiou pinturas clássicas e acompanhou algumas discussões literárias. Também aprendeu a fazer modelagem, escultura e continuou a estudar desenho com Pedro Alexandrino, quando conheceu Anita Malfatti (1889-1964), sua grande amiga.

Em 1920, Tarsila foi a Paris, onde teve o primeiro contato com a arte moderna européia. Conheceu os trabalhos de Pablo Picasso (1881-1973) e a vasta produção de dadaístas e futuristas. Em abril de 1922, dois meses depois da Semana de Arte Moderna, ela voltou ao Brasil para "descobrir" o modernismo. Conheceu Menotti del Picchia (1892-1945), Mário e Oswald de Andrade e, junto com Anita, fundou o Grupo dos Cinco. Nessa fase, a artista pinta com pinceladas mais ousadas. Em 1923, ela regressou a Paris e retomou as aulas de artes em outras bases, distantes da educação convencional e acadêmica.Ao retornar para o Brasil, seu interesse voltou-se para as coisas daqui. Foi conhecer o Carnaval carioca e as cidades históricas de Minas Gerais, retratados no que originaria a pintura da fase pau-brasil, em 1924. Em 1928, Tarsila criou a tela Abaporu (aba: homem; poru: que come carne humana, em tupi-guarani) e deu-a de presente a seu marido, Oswald de Andrade, fato que estimulou o escritor a criar o movimento antropofágico.

Em 1930, ela se tornou, por pouco tempo, diretora da Pinacoteca do Estado, um museu paulistano. No ano seguinte, deixou o cargo e ligou-se ao psiquiatra socialista Osório César, com quem viajou para a União Soviética. Lá realizou uma exposição no Museu de Arte Moderna Ocidental de Moscou, que incorporou ao acervo a tela O Pescador, hoje sob os cuidados do Museu Hermitage, de São Petesburgo.

De volta ao Brasil, após um período em Paris, onde trabalhou como operária, Tarsila foi detida por um mês, em São Paulo, por seu engajamento político na Revolução Constitucionalista de 1932. No ano seguinte, fez uma conferência sobre os cartazes soviéticos no Clube dos Artistas Modernos. Nessa fase ela pintou Operários e Segunda Classe, marcos da chamada fase social, que não sobreviveu ao fim do romance com Osório César.
A partir de 1935, Tarsila fixou-se no Rio de Janeiro, passando a viver com o poeta Luis Martins. Escreveu artigos para o Diário de São Paulo e pintou pouco. Sua produção só foi retomada com o retorno à São Paulo. A partir de 1950, retomou os temas e cores da fase pau-brasil e, aos poucos, seu trabalho foi reconhecido e valorizado como fundamental para o modernismo brasileiro. Faleceu em São Paulo em 1973.
O QUE É O MODERNISMO 
Estudar a tela Operários é uma boa oportunidade para despertar a curiosidade da turma sobre o modernismo, movimento estético que sacudiu as artes plásticas, a literatura, a música e outras manifestações artísticas mundiais no final do século 19. Tudo começou na Europa, como resposta dos artistas de vários países às mudanças de comportamento trazidas pela industrialização. O movimento chegou ao Brasil somente nos anos 1920.

Ironicamente, artistas brasileiros que haviam estudado na Europa perceberam, ao voltar, como os elementos de nossa terra (índios, frutas, culinária, danças etc.) eram ricos. Assim, renegaram os valores europeus até mesmo por meio de manifestos e reinventaram técnicas para criar o que muitos críticos consideram uma arte genuinamente brasileira. As telas de Anita Malfatti e Lasar Segall, as esculturas de Victor Brecheret, os textos de Mário e Oswald de Andrade e, finalmente, toda a efervescência cultural que foi a Semana de Arte Moderna de 1922 transformaram-se nos grandes ícones da produção modernista brasileira.
http://revistaescola.abril.com.br


Sugestão de atividade:
completar o quadro com imagens de revistas ou com fotos dos próprios alunos.